
Ao todo 61 deputados discursam. A maioria, 39 deles, defendeu o
parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO), que sugeriu o prosseguimento
do processo de impeachment, praticamente o dobro dos que se
posicionaram contrários (21). E um se declarou indeciso. Cada deputado
membro da comissão teve 15 minutos para defender sua posição, enquanto
os não membros falaram por dez minutos.
No total, havia 116
deputados inscritos para discursar. Os que não falaram desistiram ou
foram embora antes de serem chamados pela presidência da comissão.
Impeachment x Golpe
Para o deputado Laudivio Carvalho (SD-MG), está claro que o impeachment não caracteriza “golpe” como têm sugerido os governistas. “Mesmo que o governo venha insistindo em denominar de golpe, tenho que dizer com todas as letras: não é golpe, é impeachment! O que não faltam são indícios de má conduta; as pedaladas fiscais são apenas o começo, a população clama por mudança, a presidente perdeu a confiança do povo e governa na corda bamba”, disse.
A
tese foi rebatida pelo petista Paulo Teixeira (SP). “Impeachment sem
crime de responsabilidade é golpe”. “A acusação é vazia e partidária”,
reforçou o deputado Carlos Zaratini (SP). “Toda vez que se derrubou um
governo popular não foi no debate político, mas por meio do denuncismo.
Foi assim com Getúlio Vargas, foi assim em 1964, foi assim com Juscelino
Kubistchek. A oposição quer dar um golpe, tomar o poder sem voto. Quer
fazer da votação no plenário uma eleição indireta”, acrescentou
Zaratini.
A próxima reunião da comissão está marcada para segunda-feira (11), às
10h, quando o relator Jovair Arantes fará a réplica. Na ocasião, os 27
líderes partidários poderão fazer comentários acerca do parecer e
orientar suas bancadas. Também será aberto espaço para as considerações
finais da defesa da presidenta. A votação do relatório na comissão está
marcada para ter início às 17h da segunda-feira. Fonte e Foto: Agência Brasil
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